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Alpinópolis

Para maior inclusão e acessibilidade para todos os públicos o autor destina esse campo para divulgação de “Nossa História” e conteúdo do livro “Caminhando pela História – Um passeio pelas ruas”.

Distrito de Ventania – 1913

É um município brasileiro do Estado de Minas Gerais. Na região, o município é mais conhecido pelo seu antigo nome “Ventania”. De acordo com o último Censo realizado pelo IBGE em 2022, sua população é de 18.300 habitantes. Está localizado há uma distância de 341 km da Capital Mineira (Belo Horizonte), numa das regiões mais prósperas do Estado, possuindo uma área territorial de 459 km², tendo uma economia altamente diversificada.

A cidade tem se tornado cada vez mais conhecida nacionalmente através do Monte das Oliveiras, que é um espaço construído a céu aberto destinado à pratica de meditação, apresentações teatrais e excursões com finalidade religiosa (ecumênica).

A Serra da Ventania, um dos principais cartões postais de Alpinópolis/MG, integra um verdadeiro marco constitutivo de identidade local, em razão da sua importância histórica, paisagística e simbólica. Foi ao pé desse monumento natural que, no final do século XVIII, os primeiros habitantes do futuro arraial se instalaram, com rancharia assentada perto de uma gruta e às margens de um ribeirão, segundo conta o historiador José Iglair Lopes.

Serra, cuja crista ostenta um cruzeiro fincado pelos fiéis católicos em 1959, compreende diversos pontos considerados especiais para o povo de Alpinópolis/MG. Para citar apenas alguns, ali estão, além dos meandros do Ribeirão Conquista, a Gruta, o Tanque e a Escultura. Tudo envolvido por uma moldura ecológica preciosa, visto que se situa em uma região de ecótono – mescla dos biomas Cerrado e Mata Atlântica – que dá características ímpares ao território. Embora a área que abriga a serra seja uma propriedade particular, ali sempre foi franqueado o acesso de turistas, banhistas e amantes da natureza.

Monte das Oliveiras

Serra da Ventania

No interior da montanha encontram-se dois tesouros onde a água esculpiu, na rocha, genuínas obras de arte. Bem no alto está o lugar conhecido como Escultura, cujos poços, grutas e corredeiras foram lavrados pela água que brota de minas localizadas no cume da serra e é despejada em uma cachoeira colossal que pode, inclusive, ser vista de vários pontos da cidade. Quase no sopé está o Tanque, onde a formação começa justamente pela caída do referido salto e segue morro abaixo, também fazendo o entalhe da pedra, moldando piscinas e banheiras naturais até desaguar no Ribeirão Conquista.

Distrito de Ventania – 1913.

Apesar de compor seu conjunto paisagístico, a Gruta não fica exatamente nas entranhas da Serra da Ventania, estando do outro lado do ribeirão, praticamente colada à cidade. Alpinópolis/MG é dos poucos municípios que contam com uma queda d’água com essas proporções – são 14m aproximadamente – dentro de sua zona urbana. Um privilégio. Porém o local está muito mal cuidado e praticamente não oferece condições de ser frequentado, já que o córrego que abastece a cachoeira recebe esgoto doméstico in natura, o que acaba provocando um mau cheiro insuportável. Contudo, nem sempre foi assim e muitas pessoas, em épocas não tão remotas, tomavam banho nessas águas e nadavam no pequeno poço que se forma embaixo da queda.

Outro ponto importante da Serra é também o cruzeiro fixado na extremidade da montanha, que aos 27 de julho de 1959, uma procissão levando o madeiro sagrado saiu da Praça da Matriz rumo a Gruta Nossa Senhora Aparecida, de onde saiu para ser plantado no alto da Serra. Um dos padres que coordenavam o evento subiu na pesada cruz e permaneceu sobre ela enquanto o povo a carregava. O cruzeiro ainda se encontra no alto da serra. No entanto no seu entorno foram afixados espelhos, os quais refletem raios solares em determinados momentos e épocas do ano, dependendo da posição o cruzeiro mais parece uma estrela no alto da serra e representa a ressureição de Cristo.

O descaso com a Gruta chega a ser afrontoso, não apenas pelos aspectos ambientais e turísticos, mas também por envolver questões culturais e religiosas. Foi nesse lugar que supostamente, há cerca de 120 anos, apareceu a Santa da Ventania, acontecimento que atraiu romarias de numerosas partes de Minas Gerais e de outros estados, que ali passaram a chegar em busca de curas milagrosas. Assim, no decorrer dos anos, foi-se criando o hábito de levar até o local imagens de santos, roupas, objetos pessoais – incluindo muletas e óculos – quase sempre lá deixados como comprovação de alguma graça alcançada. Outra crença alimentada por muito tempo era a de que o limo retirado do paredão, conhecido como Barro da Gruta, possuía propriedades medicinais.

Outro ponto importante da cidade é o Monte das Oliveiras que encanta a população e visitantes. Localizado numa pequena colina, na parte oriental da cidade de a mesma posição geográfica do original em Jerusalém e estruturado em uma área de 90 mil metros quadrados, hoje é o maior cenário bíblico a céu aberto do Brasil. Esta sementeira está sendo preparada para eternizar nesta colina, o ensinamento ilustrado junto à natureza, com o objetivo de facilitar o entendimento da Palavra de Deus. Sementeira de Pão, material e espiritual, voltada a humanidade.

Ao adentrar o portão do Monte das Oliveiras, os visitantes são convidados a deixar de lado de fora as preocupações da vida e o corre-corre do dia-a-dia, porque ali se vive o momento presente, preenchendo-o com amor. O que se fez no passado, as dificuldades do futuro, tudo é deixado de lado para que Deus possa agir no agora de cada vida.

O local oferece aos visitantes monumentos arquitetônicos, que revelam a história da salvação do povo de Deus, dentro da representação geográfica da Terra Santa e passagens Bíblicas.

A casa de retiro, destinada a recepcionar grupos que necessitam de um tempo maior de reflexão, oferece hospedagem em 2 suítes,4 dormitórios e um saguão, totalizando 70 acomodações.

O Monte das Oliveiras aceita reservas antecipadas do local, também disponibiliza de um guia turístico, para atender as excursões e visitantes que necessitam de uma maior compreensão do espaço Bíblico e dos monumentos arquitetônicos.

A cada ano que passa o local vem sendo bastante frequentado por turistas e se firmando como cenário bíblico nacional.

Homenagem a Escritora Hilda Mendonça

8 de outubro de 2020 – Hilda Mendonça da Silva. Foto do arquivo do autor.

Minha amizade com Hilda, iniciou pelos anos de 2012, quando comecei a me aprofundar nos estudos da história e genealogia da região, logo fiquei sabendo que a grande escritora poderia me ajudar, tratei de mandar um email e indagar sobre a história de sua família e detalhes da genealogia. Prontamente Hilda me respondeu e assim começamos a conversar e a trocar informações.

Em um dia, ela veio a Ventania e mandou recado que queria me conhecer pessoalmente, fui até a casa de sua prima Cecília, na Rua João de Souza Lemos, no Jardim Bela Vista, na ocasião me passou fotografias e materiais para que eu pudesse usar em meu trabalho e presenteou com vários livros.

A partir daí nossa amizade só veio aumentando, sempre que possível realizava visitas acompanhado de minha esposa Patrícia e meus filhos Miguel e Ana Clara. Na entrada de sua residência existia grande pé de Romã, nos fundos uma parreira, onde uvas faziam a festa dos pássaros e também dos visitantes.

Em nossas conversas Hilda, sempre me incentivou a continuar nos trabalhos de pesquisa e a publicação das obras, também fazia questão de relembrar a Ventania, de antigamente, bem como me dizia que em suas obras havia muito de sua cidade Natal, onde eram suas raízes, e sempre falava, que a Ventania e seu povo estavam sempre em seu coração.

Não há palavras para descrever essa nobre mulher, sempre muito amável e receptiva, seu maior brilho era sua simplicidade e seu amor pelos parentes e amigos.

Hilda Mendonça faleceu devido a contaminação do vírus que assolou a população mundial, o Covid-19.

Para ter acesso ao conteúdo completo consulte a obra do autor…

Agradecimento João Lázaro Brasileiro do Carmo

Não poderia deixar de agradecer a João Lázaro Brasileiro do Carmo (Joãozinho do Cartório) esse nobre cidadão, o qual atualmente é responsável pelo cartório Oficio do Registro Civil das Pessoas Naturais, de Alpinópolis/MG, localizado na Avenida Governador Valadares, nº 478 no Bairro Centro, onde também é sua residência. Joãozinho sempre muito disposto e solicito as minhas dúvidas e realização das pesquisar, sempre me auxiliando imensamente nas informações referente aos nascimentos, casamentos, bem como dando acesso à documentação antiga do Juizado de Paz, que está sob sua guarda.

João Lázaro Brasileiro do Carmo (Joãzinho do Cartório) nascido aos 21 de julho e batizado aos 7 de agosto de 1955, em Alpinópolis/MG, recebeu esse nome em homenagem ao avô paterno e materno.

João casou-se às 10h30min horas em 10 setembro 1983, em Alpinópolis/MG, com Glória Vilela de Carvalho nascida aos 9 de novembro e batizada aos 7 de dezembro de 1957 em Alpinópolis/MG, filha de Mário Carvalho de Melo (Mário Lalau) e Francisco Augusta Vilela. Da união nasceu a competente Bárbara Carvalho do Carmo, muito educada e também muito solicita as questões do acervo documental do Cartório de Registro Civil de Alpinópolis/MG, herdando a simpatia de seu pai e atenção de sua mãe.  Sendo seus netos João Lucas do Carmo Leonardo e a pequena Helena Lentullos do Carmo Alves.

Joãozinho foi sempre um menino muito esperto, segundo o mesmo não muito estudioso, mas tinha aptidão pela matemática, em 1962 iniciou o curso primário na Escola Estadual Dom João VI. Em 1971, iniciou o curso ginasial no antigo Ginásio Pio XII, onde hoje é o Lar Escola Santo Antônio.

Em 1972, prestou concurso da EPCAR (Escola Preparatória de Cadetes do Ar), localizada na cidade de Barbacena/MG, onde deu continuidade ao ensino colegial, hoje ensino médio, posteriormente ingressou na Academia da Força Área, onde permaneceu até o ano de 1976, retornando para Alpinópolis/MG não prosseguindo com a carreira militar.

Um fato a destacar foi a abertura dos arquivos auxiliando ao longo dos anos as pesquisas realizadas pelo grande historiador alpinopolense José Iglair Lopes, no Livro História de Alpinópolis/MG – O Lutador, 2002, edição de suma importância para população alpinopolense e para preservação cultural das tradições do município.

Antes da publicação do livro “Caminhando pela História – Um passeio pelas ruas” veio a falecer.

Para ter acesso ao conteúdo completo consulte a obra do autor…

Considerações sobre o Livro História de Alpinópolis de José Iglair Lopes

Em hipótese alguma poderia deixar de louvar e mencionar o grande trabalho realizado pelo saudoso José Iglair Lopes, o qual por longos anos dedicou a estudar a história de nossa cidade e de seu povo, obtendo dados importantíssimos que desvendaram mistérios e lacunas proporcionando nossa população em ter uma fonte confiável de nossa história, surgindo então o magnifico livro: “História de Alpinópolis”.

Costumo dizer as pessoas que “História de Alpinópolis” é a Bíblia de nossa história e a base para qualquer pesquisa referente a nossa cidade.

Destaco e enalteço José Iglair, que acompanhado de sua esposa Nara Gonçalves Clatt pesquisaram minuciosamente informações que naquela época o acesso era muito difícil, pois a comunicação não era tão rápida e eficaz como os dias atuais, o que sem dúvida hoje facilita muito as pesquisas.

Atualmente as mídias sociais ajudam imensamente o acesso e troca de informações entre os pesquisadores, bem como facilita a localização de pessoas que podem fornecer dados concretos e confiáveis sobre fatos ocorridos no passado.

Mesmo diante da facilidade eletrônica e informativa eu particularmente encontro dificuldades em obter informações e dados históricos de grande importância, analisando essa questão multiplico as dificuldades encontrados pelo competente historiador e admiro todos os obstáculos enfrentados por ele durante o trabalho realizado ao longo dos anos.

Infelizmente não tive a oportunidade de conhecer Iglair pessoalmente e conversar com esse nobre historiador, mas seu trabalho fez me ascender a chama de realizar pesquisas sobre o povo de Alpinópolis. Desejava imensamente que estivesse presente para analisar essa obra, porém de onde estiver estará feliz pois seu trabalho está em continuidade e assim perpetuando nossa história.

Seu trabalho foi reconhecido pelo poder público e pela própria população que tem José Iglair Lopes como referência sobre pesquisas históricas.

Para ter acesso ao conteúdo completo consulte a obra do autor…

A História do Hino de Alpinópolis

Partitura original do Hino de Alpinópolis/MG. Documento do arquivo de Daniel José de Paula Freire (Daniel de Paula)

Com a promulgação da Lei Orgânica Municipal, promulgada aos 30 de março de 1990, trazia em seu Art. 5º, a seguinte redação:

“Art. 1º Alpinópolis é município integrante, com autonomia política, administrativa e financeira, do Estado de Minas Gerais e da República Federativa do Brasil.

Art. 5º São símbolos do Município a Bandeira, o Brasão e o Hino”

O Brasão foi instituído pela Lei Municipal nº 1.002, de 26 de janeiro de 1988, porém foi modificado pela Lei nº 1667, de 20 de março de 2004.

A autora do novo Brasão de Alpinópolis foi a estudante da Escola Estadual Dona Indá, Ana Carolina Gonçalves Magalhães, moradora da Bairro Santa Efigênia.

Depois de 67, anos de emacipação política administrativa, Alpinópolis/MG, não possuía um Hino Oficial e então aos 31 de julho de 2005, após, reunião do Conselho Municipal do Patrimônio Histórico e Cultural idealizada pelo competente Daniel José de Paula Freire (Daniel de Paula) decidiu pela criação do Hino cuja a letra e melodia que enalteceriam a história, o povo e a cultura de nossa cidade.

O hino ficou sob responsabilidade nada mais que o brilhante Omar Cabral Krauss, músico, inscrito na Ordem dos Músicos do Brasil (OMB-6.181) aos 9 de setembro de 1968, possuindo outras composições de sua autoria. Omar, com seu dom sublime e com toda sua criatividade criou uma melodia perfeita que atrelada a sua letra remonta Alpinópolis em todos os seus sentidos, o músico e poeta procurou citar todas as belezas e pontos turísticos de nossa cidade.

Para ter acesso ao conteúdo completo consulte a obra do autor…

Januário Garcia Leal, O Sete Orelhas

Impossível falar sobre a formação histórica de Alpinópolis/MG, sem citar o nome e o histórico de vida de Januário Garcia Leal, cujas façanhas perpetram o tempo e atiçam e aguçam a imaginação de escritores, pesquisadores e historiadores, algumas informações com divergências, porém no final todos chegam a conclusão que esse cidadão percorreu as capitanias de Minas, São Paulo e Goiás em busca de justiça, lembrando tempos muito remotos da história da humanidade, quando a justiça era feita pelas próprias mãos.

Sete Orelhas foi imortalizado em estátua no Centro de São Bento Abade, MG. Fotografia divulgação na internet.

O brilhante trabalho de pesquisas realizadas pelo historiador alpinopolense José Iglair Lopes, que conseguiu provar através de documentos a passagem de Januário Garcia Leal, pela Fazenda Ventania além de realizar uma ordem cronológica dos fatos e da vida de Januário, ficando fácil o entendimento do leitor e apreciação da história do lendário “Sete Orelhas”, cuja narrativa está registrada no Livro História de Alpinópolis, lançado em 2002.

Não sabemos com exatidão onde nasceu Januário Garcia Leal. Alguns historiadores afirmam que foi em São Paulo, mas parece-nos que equivocadamente. Januário foi o quarto filho de Pedro Garcia Leal e Joséfa Cordeiro Borba, tendo nascido por volta de 1761. Nessa época seus pais moravam na Freguesia de Jacuí, no Sul de Minas, e o mais provável é que tenha nascido ali.

Januário Garcia Leal foi um fazendeiro que vivia na propriedade denominada Ventania, hoje no município de Alpinópolis, situada no sul de Minas Gerais, juntamente com sua família e escravos. Em 21 de janeiro de 1802, recebeu uma carta patente assinada pelo Capitão General da Capitania de Minas Gerais, Bernardo José de Lorena, nomeando-o como Capitão de Ordenanças do Distrito de São José e Nossa Senhora das Dores (hoje Alfenas).

Sua vida foi pacata até que um acontecimento trágico a mudou definitivamente: a morte covarde de seu irmão João Garcia Leal, que foi surpreendido em uma fazenda no município de São Bento Abade, por sete homens e atado nu em uma árvore, onde foi assassinado a sangue frio, tendo os homicidas retirado lentamente toda a pele de seu corpo.

Nesse momento inicia a caçada aos assassinos…

Para ter acesso ao conteúdo completo consulte a obra do autor…

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